O primeiro surdo do Brasil a conquistar
título de doutor é palhocense. Deonísio Schmitt sempre viveu com a família no
bairro Passa Vinte e relata, por meio de um intérprete de Língua Brasileira de
Sinais (Libras), uma história de superação e esforço para alcançar um dos mais
altos graus da carreira acadêmica no Brasil.
Deonísio defendeu a tese de
doutorado no fim de fevereiro deste ano, no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa
Catarina. O trabalho, intitulado “História da língua de
sinais em SC: contextos sócio-históricos e
sociolinguísticos de surdos de 1946 a 2010”, descreve a mudança da língua de
sinais ao longo do tempo.
Para isso, o pesquisador registrou, por meio de
filmagens, a comunicação de três gerações de surdos de diversas faixas etárias.
O professor da Universidade
do Estado de Santa Catarina (UDESC) explica que estudou os sinais, as
expressões faciais e os gestos que representam as palavras da língua da
comunidade surda: “A Libras é uma língua como qualquer outra, possui estrutura
gramatical, apenas usamos uma modalidade diferente, que é a visual motora”.
Deonísio é professor na
Udesc, onde ministra aulas de Libras para diversos cursos de licenciatura e
bacharelado, além de atuar na modalidade de ensino à distância para todo o
Estado, por meio de videoconferências.
Fonte:http://www.palhocense.com.br